Conclusão
Comentários
Arquitetura.
- Jules Hardouin-Mansart (1646 - 1708): Foi um arquiteto francês, cujos trabalhos são considerados o ápice do Barroco na França, representando o poder e a grandeza de Luis XIV. Principal obra: Palácio de Versailles.
- Louis Le Vau (1612 - 1670): foi um arquiteto francês, contemporâneo dos Mansart (François e Jules Hardouin) e de Jacques Lemercier. Principal obra: Château de Vaux-le-Vicomte.
- François Mansart (1598 —1666): foi um arquiteto francês e um dos mais geniais da sua época. Principais obras: Château de Maisons-Laffitte, Temple du Marais e a igreja do Val-de-Grâce.
Música.
- Francisco António de Almeida (1702–1755?): foi um compositor e organista português. Principais obras: Il pentimento di Davidde e, La Giuditta.
Escultura.
- Joaquim Machado de Castro (1731-1822): foi um dos maiores e mais renomados escultores portugueses.Principal obra: Descripção analytica da execução da estátua equestre.
- Aleijadinho (1730-1814): Foi um importante escultor, entalhador, desenhista e arquiteto no Brasil colonial. Principais obras: Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão, na Igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo (MG).
- Gian Lorenzo Bernini (1598-1680): foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma. Principais obras: A Cabra Amalthea com o Infante Júpiter e um Fauno, Busto de Antonio Coppola e São Sebastião.
Pinturas.
- Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610): É normalmente identificado como um artista Barroco, estilo do qual ele é o primeiro grande representante. Principais obras: Baco, Tocador de Alaúde e Canastra de Fruta.
- Giovanni Andrea Ansaldo (1584-1638): Foi um pintor italiano que trabalhou principalmente em Gênova. Principal obra: Cúpula Basilica della Santissima Annunziata del Vastato.
- Manuel da Costa Ataíde (1762-1830): Foi um pintor, dourador, encarnador, entalhador e professor brasileiro. Principais obras: Pintura da Capela de Nossa Senhora da Glória por volta de 1742 e Pinturas na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, realizadas entre 1801 e 1812, sendo a "Glorificação da Virgem".
Literatura.
- Sóror Mariana Alcoforado (1640-1723): Freira nascida em Beja (França); Escreveu Cartas Portuguesas em 1669, atribuidas a um amor proibido, uma paixão violenta, incontrolada e não correspondida por um militar, o capitão Chamilly.
- Frei Luís de Sousa (1555-1632): Historiador rigoroso. Principais obras: História de São Domingos e Anais de D. João III.
- Francisco Manuel de Melo (1608-1667): Nascido em Lisboa(Portugal). Era voltado para a poesia lírica, a historiografia, o teatro e a prosa filosófica e moralizante. Principal obra: Carta de Guia aos casados.
- Sóror Violante do Céu (1601-1693): Nascido em Lisboa (Portugal). Produziu poemas marcados pelo sentido passional pelas imagens sutis e pela veemência. Depois de entrar para o convento, impregna suas poesias de cunho religioso. Principal obra: Rimas Várias.
"Que suspensão, que enleio, que cuidadoÉ este meu, tirano deus Cupido?Pois tirando-me enfim todo o sentidoMe deixa o sentimento duplicado. [...]"
- Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622): Nascido em Leiria(Portugal). Poeta bucólico e de influência camoniana. Principais obras: Éclogas e Partos Peregrino.
- Padre Manuel Bernardes (1644-1710):Nascido em Lisboa(Portugal). Produziu obras de cunho mústico e moralista com uma linguagem simpes e espontânea. Principal obra: Nova Floresta.
Padre Antônio Vieira
"Anjos da guarda das almas do Maranhão, lembrai-vos que vai este navio buscar o remédio e salvação delas. Fazei agora o que podeis e deveis, não a nós, que o não merecemos, mas àquelas tão desamparadas almas, que tendes a vosso cargo; olhai que aqui se perdem conosco."
PADRE ANTÔNIO VIEIRA
Nasceu em Lisboa, em 1608, chegou ao Brasil e se instalou em Salvador, iniciando seu noviciado na Companhia de Jesus. Efetivou uma política de defesa dos cristãos-novos, procurando protegê-los da Inquisição em Portugal.
Sua extensa obra reflete seu envolvimento nos debates sociais e políticos de Portugal e do Brasil no século XVII. Os sermões e cartas, além de temas especificamente religiosos também manifestam questões polêmicas da época como: a luta pela independência portuguesa, o confronto com holandeses no nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e cristãos-novos contra a intolerância da Inquisição.
Cartas e Sermões:
Sua obra é notável pelo manuseio da expressão verbal, são textos riquíssimos em imagens, jogos de significado e conceitos, metáforas, e ricos em recursos lingüísticos.
Para a literatura, sua importância foi fundamental. Vieira fixou a prosa na língua portuguesa nos mesmos padrões de realização artística a que Camões fixou a poesia, transformando-se num clássico da língua.
O mais conhecido sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima é uma conclusão de que a palavra de Deus vinha obtendo poucos resultados porque os pregadores estavam mais aplicados em obter efeitos literários do que moralizantes o que transformava os sermões em vazios estéticos.
Algumas obras:
- Sermão da Sexagésima
- Sermão de São José (1642)
- Maria Rosa Mística
- Sermão de Santo António aos Peixes
- Sermão de Nossa Senhora do Rosário
- Sermão da Quinta Dominga da Quaresma
- Sermão do Mandato
- Sermão Segundo do Mandato
- Sermão de Santa Catarina Virgem e Mártir
- Sermão Histórico e Panegírico
- Sermão da Glória de Maria, Mãe de Deus
- Sermão da Primeira Dominga do Advento (1650)
- Sermão da Primeira Dominga do Advento (1655)
Gregório de Matos.
Que mais por sua desonra?... Honra
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha"
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA
Nasceu em Salvador, em 1663, estudou em Coimbra, exerceu cargos de magistratura em Portugal até, 1681, quando voltou definitivamente para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos angariados por suas poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições devido a suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno ou Boca de Brasa
Temas da poesia Gregoriana:
POESIA RELIGIOSA: mostra o autor envolvido pelo sentimento de culpa e de arrependimento, implorando perdão.
POESIA SATÍRICA: mostra a crítica severa de uma sociedade marcada pela mediocridade e pela desonestidade, nasce de um sujeito lírico que adota um ponto de vista conservador e preconceituoso. Seus poemas satíricos renderam-lhe o apelido de Boca do Inferno.
POESIA ERÓTICA: mostra o uso de palavrões e alusões obscenas, mesmo em textos sutis onde a ambigüidade aparece repleta de safadeza.
Suas principais obras:
- Pica-Flor
- Anjo bento
- Senhora Dona Bahia
- Descrevo que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia
- Finge que defende a honra da cidade e aponto os vícios
- Define sua cidade
- A Nossa Senhora da Madre de Deus indo lá o poeta
- Ao mesmo assumpto e na mesma occasião
- Ao braço do mesmo Menino Jesus quando appareceo
- A NSJC com actos de arrependido e suspiros de amor
- Ao Sanctissimo Sacramento estando para comungar
- A S. Francisco tomando o poeta o habito de terceyro
- No dia em que fazia anos
- impaciência do poeta
- Buscando a cristo
- Soneto - Carregado de mim ando no mundo,
- Soneto I - À margem de uma fonte, que corria
- Soneto II - Na confusão do mais horrendo dia
Linguagem barroca
- Emprego constante de figuras de linguagem;
- Uso de uma linguagem requintada;
- Exploração de temas religiosos;
- Consciência de que a vida é passageira: ao mesmo tempo em que o homem ao pensar na efemeridade da vida busca a salvação espiritual ele tem desejo de gozar dessa antes que acabe;
- Cultismo: exploração dos efeitos sensoriais.
- Jogo de idéias: formado por sutilezas do raciocínio e do pensamento lógico.
- Na estética barroca, observam-se duas tendências: o cultismo e o conceptismo.
- O cultismo se refere à exploração de elementos sensoriais, baseadas em figuras de linguagem.
- O conceptismo se caracteriza pelo uso de conceitos, linguagem marcada pelo jogo de idéias e pelo raciocínio lógico.
- O cultismo predomina na poesia e o conceptismo na prosa.
Exemplo de poesia barroca:
(Gregório de Matos. In: Antonio Candido e J. A. Castelo. Presença da literatura brasileira – Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difel, 1968. p. 73.)