Padre Antônio Vieira

PROSA

"Anjos da guarda das almas do Maranhão, lembrai-vos que vai este navio buscar o remédio e salvação delas. Fazei agora o que podeis e deveis, não a nós, que o não merecemos, mas àquelas tão desamparadas almas, que tendes a vosso cargo; olhai que aqui se perdem conosco."

PADRE ANTÔNIO VIEIRA

Nasceu em Lisboa, em 1608, chegou ao Brasil e se instalou em Salvador, iniciando seu noviciado na Companhia de Jesus. Efetivou uma política de defesa dos cristãos-novos, procurando protegê-los da Inquisição em Portugal.
Sua extensa obra reflete seu envolvimento nos debates sociais e políticos de Portugal e do Brasil no século XVII. Os sermões e cartas, além de temas especificamente religiosos também manifestam questões polêmicas da época como: a luta pela independência portuguesa, o confronto com holandeses no nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e cristãos-novos contra a intolerância da Inquisição.

Cartas e Sermões:

Sua obra é notável pelo manuseio da expressão verbal, são textos riquíssimos em imagens, jogos de significado e conceitos, metáforas, e ricos em recursos lingüísticos.
Para a literatura, sua importância foi fundamental. Vieira fixou a prosa na língua portuguesa nos mesmos padrões de realização artística a que Camões fixou a poesia, transformando-se num clássico da língua.
O mais conhecido sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima é uma conclusão de que a palavra de Deus vinha obtendo poucos resultados porque os pregadores estavam mais aplicados em obter efeitos literários do que moralizantes o que transformava os sermões em vazios estéticos.

Algumas obras:

  • Sermão da Sexagésima
  • Sermão de São José (1642)
  • Maria Rosa Mística
  • Sermão de Santo António aos Peixes
  • Sermão de Nossa Senhora do Rosário
  • Sermão da Quinta Dominga da Quaresma
  • Sermão do Mandato
  • Sermão Segundo do Mandato
  • Sermão de Santa Catarina Virgem e Mártir
  • Sermão Histórico e Panegírico
  • Sermão da Glória de Maria, Mãe de Deus
  • Sermão da Primeira Dominga do Advento (1650)
  • Sermão da Primeira Dominga do Advento (1655)


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